sábado, 22 de março de 2008

O Caminho e o Sentido

À noite, ao deitarmos e antes de realmente dormimos, nossa mente ainda demora um pouco para poder também descansar. Nessa hora vêm tantos pensamentos à mente como se fosse um filme repassando diante de nossos olhos sobre como foi o dia, o que fizemos, o que aconteceu de novo, o que foi desagradável... E também pensamos sobre as coisas que poderão acontecer, os nossos planejamentos e desejos para o próximo dia.

Cada um de nós por mais que diga que não viva isso, pelo menos em um dia já se viu em meio a essa situação. É de fato à noite quando colocamos a cabeça sobre o travesseiro que querendo ou não temos o tempo que não tivemos durante o dia de pôr na balança nossos relacionamentos, ações e os acontecimentos. De certa forma nesse momento é que somos um pouco sinceros com nós mesmos, e se há algo que fizemos de errado é aí que a nossa consciência “pesa”.

Mas uma das coisas que às vezes vem a nossa mente nesse momento da noite, mesmo que disfarçadamente, é o questionamento do porquê das coisas que fazemos, da vida que levamos, das escolhemos que fazemos, ou seja, o sentido das coisas, o sentido da vida. Analisamos e nos perguntamos aonde tudo vai chegar, se tudo passará e acabará, se este mundo realmente vai acabar como muitos dizem. Será que tudo que fazemos e buscamos para nossa vida vale mesmo a pena considerando que tudo isso aqui no mundo passará?

Aprendemos desde cedo que temos que estudar para podermos ter um bom futuro. Se formos olhar bem, essa é a primeira obrigação que temos na vida como participantes da sociedade que somos. Depois aprendemos que temos que batalhar por um bom emprego e de preferência que nos dê a tão deseja estabilidade, e assim por diante. Ou seja, devemos conquistar tantas coisas e ter uma ânsia por tantas outras. Mas para que todas elas não pareçam coisas desconexas em nossas vidas, devemos saber o que fazer com nossas conquistas.

Quando nos perguntamos a respeito do sentido das coisas esperamos logo ter uma resposta, mas sei que muitos não a encontra. Para esses, tudo parece sem graça no final das contas, se chegaram aonde queriam chegar, isso ainda não foi suficiente e o “vencer na vida” ficou totalmente sem sentido. Mas bem-aventurados são aqueles que encontram essa resposta.

Fico feliz porque quando me pego em meio a essas situações, eu também encontro a resposta. Se vejo que muitas coisas parecem sem sentido, sem nexo, vazias e insuficientes, por outro lado vejo que tem algo que me chama a atenção para coisas mais eternas, duráveis e verdadeiras. São essas coisas que realmente trazem sentido a existência humana, e, portanto, para minha vida. Sempre que me achego a Deus vejo nEle essa plenitude e é nEle que encontro o caminho para a resposta. Ele é a fonte de todas as coisas e com Ele tudo vale a pena, porque plantamos sementes para a eternidade, para um reino que diferentemente daqui não passa, o reino de Deus.

Assim, continuo indo atrás das minhas conquistas terrenas, mas com a certeza de que não são coisas para sempre, somente temporárias, que só precisarei delas enquanto estiver aqui. Por isso não farei delas coisas tão vitais. Mas enquanto isso, prioritariamente, também olharei para as coisas do alto. Elas me preenchem de forma inexplicável e acredito que é porque são verdadeiras. Pensando nisso, consigo então dormir tranqüila, pois tenho a confiança e a certeza da vida abundante que Deus nos dá. Conforto-me quando lembro que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Resumindo, Jesus é o sentido da vida.

sábado, 8 de março de 2008

Quando olho para o céu


A natureza nos reserva tantas coisas bonitas e maravilhosas que muitas vezes nem percebemos. Não é à toa que sempre ouvimos dizer por aí que a vida no campo, distante dos centros das grandes cidades, nos deixa mais perto das coisas naturais. Afinal de contas, como perceberemos a natureza a nossa volta com tantos edifícios, construções, barulho e um transitar de automóveis e pessoas fora de ordem?

Porém, quando estamos mais distantes de todas essas coisas inerentes à vida urbana, de fato passamos a observar a diversidade e exuberância da natureza: as árvores, os bichos, rios etc. São nessas situações que temos a oportunidade que não temos nas cidades de contemplar as coisas naturais e sua beleza. Não vamos encontrar, por exemplo, no meio de alguma cidade uma cachoeira, mas sempre que temos a oportunidade de ver uma ficamos fascinados com aquela força da água.

São nesses momentos que o “barulho” que ouvimos são de cantorias de pássaros e podemos observar o horizonte sem maiores dificuldades. Até o silêncio é diferente daquele que conhecemos de quando todos foram dormir e apagaram-se as luzes em nossa casa. Sem falar do ar que nitidamente parece ser mais limpo e agradável.

Por isso é sempre bom estar em contato com a natureza. Oras, o ser humano faz parte dela! O triste é ver que para isso precisamos muitas vezes sair da nossa rotina e do ritmo de vida que levamos nas cidades. Sim, porque não quero defender a idéia aqui de que devemos todos abandonar nossas vidas e irmos para uma fazenda ou um sítio só para ficarmos mais perto da natureza. Se moramos nas cidades e realizamos todas as nossas atividades nelas é porque temos motivos e necessidades (justificáveis ou não) para isso.

O que quero chamar atenção nesse ponto é que há coisas tão belas e que nem precisamos ir muito longe para vê-las, mas mesmo assim esquecemo-nos delas e isso é um grande erro. Fazemos tantas atividades no nosso dia-a-dia, coisas tão voltadas para baixo e esquecemos que estamos debaixo de um lindo céu. Independente do lugar que estivermos podemos olhar para o céu. Não precisamos ir para fora da cidade para poder vê-lo. Ele cobre toda Terra.

Quando olho para o céu penso em tantas coisas. Como o teto é para uma casa assim o céu é para o planeta. Ele é tão alto, parece inalcançável. Um azul sem igual. Parece interminável. Mesmo quando é a noite não reflete trevas, pois o brilho das estrelas e lua faz da negridão do céu um espetáculo. E as nuvens? Parecem que elas deslizam lá em cima, formando-se e desformando-se. Já tive tanta vontade de estar nas nuvens (literalmente) e poder dormir nelas. Penso que se estivermos lá de cima (nas nuvens como já imaginei, por exemplo) desfrutaremos de um silêncio tão confortante enquanto percebemos que aqui embaixo está um verdadeiro caos provocado por nós mesmos.

Sinto paz quando olho para o céu porque lembro que não é qualquer pessoa que faz um céu. Isso é uma coisa maravilhosa que só compete a uma pessoa: Deus. Por isso é que trata-se de algo tão perfeito e admirável. Quando olho para o céu lembro que sou pequena e que há coisas maiores do que eu, maiores do que minhas forças e problemas e maiores do que as guerras dos homens. O céu inspira grandeza e isso me leva até Deus e as Suas maravilhas. Não quero deixar de olhar para o céu só porque vivo aqui embaixo.