quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Dia da Montanha-russa

Algumas semanas atrás fui a um parque de diversões com alguns colegas do meu cursinho. Até então eu nunca tive a coragem de ir na montanha russa, apesar da curiosidade. Mas pensei que dessa vez seria diferente e que eu não iria perder a oportunidade de ir em um brinquedo tão aventureiro.

Fomos primeiro em outros brinquedos e quando chegou o momento em que todos decidiram ir na montanha russa, eu hesitei. Quando vi aquela rapidez, aquela altura e aquele loop...a primeira coisa que pensei “eu ir em um negócio desse? de jeito nenhum. não tenho coragem mesmo!”. Mas todos estavam indo e me convenciam a isso também.

Então me lembrei que sempre tive vontade de ir e não era justo que agora o meu medo fosse maior do que essa vontade. Então todos nós fomos e sentamos nas cadeiras. Eu estava nervosa e agitada. E de um salto, eu sai da cadeira e desisti na hora. Deixei a turma ir sem mim; não tive coragem.

Eu fiquei vendo todos eles subindo, descendo e virando de cabeça para baixo; eles no ar e eu no chão, isso era mais seguro para mim. Nesse meio tempo ouvi uma mulher dizendo perto de mim: “nossa, isso é bom demais!”. E quando meus colegas chegaram era isso também o que eles diziam. Então pensei por que não me arriscar?

Alguns da turma foram novamente e conveceram-me mais uma vez para ir. Eu aceitei e dessa vez foi para valer. Sentei-me e fui. Tive coragem, me arrisquei. Durante quase todo o trajeto fui de olhos fechados só para não ver a altura, mas mesmo assim deu para sentir o quanto foi legal! É tão rápido que quase não senti frio na barriga. Foi mesmo muito emocionante e depois não me arrependi de ter ido, pelo contrário quis ir de novo.

Depois disso fiquei pensando. A nossa vida é feita de decisões, em muitas delas temos que refletir muito antes de tomá-las para medir as suas conseqüências. Mas têm outras nas quais não temos que pensar muito e sim arriscar para ver no que vai dar porque simplesmente não são todas as conseqüências que podemos prever.

Às vezes o excesso de cautela é prejudicial, nos atrapalha a viver mais e nos impede de aprender com a própria vida. Não estou fazendo disso uma regra, mas uma exceção. Foi uma situação simples do meu dia-a-dia, mas que me fez lembrar o quão é importante termos a sabedoria de arriscarmos em alguns momentos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Julho e o Inverno

O vento batendo nas janelas e fechando as portas violentamente não me deixa esquecer que já estamos em julho enquanto que na madrugada o frio ligeiro me avisa que já chegamos ao inverno do cerrado. O sol durante o dia, que só nos esquenta se sairmos de casa para vê-lo, me faz lembrar que há momentos que temos que procurar algo assim como ele, que é capaz de nos acalentar quando então precisamos.

Mais uma vez o tempo mudou. Aqui na região central do país já algum período não vemos mais as chuvas ou o calor intenso. E agora sentimos na própria pele essa ausência: o tempo seco com baixa umidade, que tende a ficar assim ainda por um longo período, acaba trazendo alguns transtornos até para a própria saúde, principalmente no que diz respeito aos problemas respiratórios.

Mas não é por causa de todos esses contratempos que devemos nos chatear com este período do ano. Sabendo nos adaptar de alguma forma a essas variações podemos aproveitar julho e todo este período que compreende o nosso inverno. Assim como em outro post falei do quanto a estação do outono pode nos ensinar algo, o inverno também e por conseguinte todas as outras estações do ano.

Essas mudanças existem e vêm todos os anos para nos mostrar que assim como o tempo climático somos inconstantes e que também dependendo da situação nossas necessidades mudam. À noite minhas mãos gelam tanto e nesse instante lembro que daqui a alguns meses estarei reclamando do calor. Neste tempo seco fico me lembrando da chuva e daquele cheiro de terra molhada enquanto que daqui a um tempo ficarei chateada quando a chuva me impedir de sair de casa. Assim parece que nunca estamos satisfeitos com nada! Antes de reclamarmos, como eu já disse, seria melhor adaptarmos e aproveitarmos cada momento.

É assim que deveríamos aproveitar o mês de julho, olhando-o de uma maneira diferente. E por falar nisso parece que julho tem tudo a ver com aproveitar mesmo, já que é o período das férias escolares. Parece ser um descanso, uma parada no meio do ano, um momento para respirar e mais uma vez para pensar sobre si mesmo.

Todo este clima (aqui não no sentido meteorológico) sempre me fez ver o mês de julho como um momento tranqüilo. E é isso que aprendo com essa época: tranqüilidade mesmo que os ventos estejam tão fortes; respirar fundo mesmo que o ar esteja tão seco.

Além do mais, é o mês do meu aniversário, o que o torna um pouco mais significativo. E neste ano será o meu décimo e oitavo aniversário, o marco para a maioridade, o que na verdade nem faz muita diferença. E eu também nem gosto das idades pares. Não sei explicar por que, mas prefiro as ímpares.