quinta-feira, 17 de abril de 2008

Detalhes que não fazem a diferença e diferenças que são meros detalhes


Elas estão em todos lugares e se expressando nas mais diversas situações. Na roupa que vestimos, no estilo do cabelo, na cor da pele, na maneira que andamos, no modo como vivemos e principalmente no modo como pensamos. São as diferenças, que torna cada um de nós seres únicos e detentores de um modo de viver particular, mas não mais ou menos importantes do que os outros indivíduos.

Mas as diferenças sempre têm sido motivos de problemas nas relações sociais em qualquer época da história. Elas não são bem vistas e nem respeitadas porque nunca aprendemos que elas existem não para trazer divisão, mas sim para nos fazer ter a consciência de quem somos e quais são as nossas limitações, ou seja, nos leva ao nosso autoconhecimento. Quão horrível seria se todos fossemos iguais e se tivéssemos a mesma maneira de pensar, a mesma cultura, língua e aparência.

Nosso grande desafio é saber conviver com as diferenças, mas isso por vezes se torna difícil. Se este mundo é habitado por bilhares de pessoas sendo que cada uma delas é, pensa e age de uma forma diferente, chega um momento que essas “naturezas humanas” se chocam. Isso acontece quando os limites das diferenças são ultrapassados e mais do que isso, um individuo tenta impor o seu modo de viver e ser, ou seja, as suas verdades no outro.

Talvez este tenha sido um grande erro no conjunto das relações interpessoais: uma pessoa tentar impor as suas verdades, o seu modo de viver e suas crenças no outro julgando assim que ela tem a verdade em mãos, incontestável. É certo que para mim, por exemplo, o que acredito e vivo é uma verdade irrefutável, mas para os outros pode não ser e por isso mesmo a tendência é que eu tente convencê-los das minhas verdades. Não acho isso errado, pelo contrario, é a partir da explanação de pontos de vista divergentes e então debatendo que crescemos e de fato formamos nossa opinião. Entretanto, como já disse, existe um limite que nesse caso fica entre o apenas debater e o impor.

As diferenças não podem ser obstáculos nas nossas relações sociais e temos que saber respeitá-las. Mas também, não podemos deixar de reconhecer a sua existência. Só não podemos dar-lhes uma carga de importância que não têm. Tendo a sabedoria para ouvirmos o que o outro tem a dizer sobre o que pensa e acredita, perceberemos enfim que existem coisas maiores e melhores do que as diferenças, pois estas são só meros detalhes.

2 comentários:

Sandreane disse...

Bruna,
COnheci o seu blog e gostei muito, principalmente dos textos, pois falam diretamente conosco :)
QUando puder, passa no Meninas e nos faz uma visita, ok?
Abraços fraternos no amor do Senhor Jesus.
www.asmeninasdeana.blogspot.com

Anônimo disse...

oi, bruna!

vc falou uma grande verdade: não somos ensinados que a diferença serve pra acrescentar, não dividir. mas fico pensando se isso é algo que deveria ser ensinado. talvez com relação a algumas áreas. mas isso a gente aprende na relação com os outros tb. por isso se relacionar é algo tão complicado... essa "vontade" de impor nossos pontos de vista e não receber os dos outros, acaba travando grandes experiências que poderíamos ter.

bjim, moça.