domingo, 6 de janeiro de 2008

E ela nem viu os foguetes


Era uma noite diferente, pois era a última do ano. Nesse momento a mente trabalha sempre do mesmo jeito, relembrando de todos os últimos dias de todos os anos vividos e imaginando como será o do próximo ano. Por isso, nunca vivemos o dia 31 de dezembro no tempo presente e esquecemo-nos que ele é também um dia útil e que nele podemos fazer aquilo que teimamos em deixar para o dia de amanhã só porque este pertence a um novo ano. Poderíamos viver o dia 31 de dezembro como o dia 24 de março ou o 13 de setembro, por exemplo. Poderíamos viver o dia 31 de dezembro como um dia normal, mas esse dia sempre vai ser marcado por despedidas e boas-vindas, pois marca uma transição, uma virada, e acaba se consagrando então como um dia de mais reflexão do que de ação.

Ela entrou nesse jogo e naquela noite foi se despedindo do velho ano e de uma época que se encerrara com o seu término. Tudo o que ela tinha vivido no velho ano não mais voltaria. Essa é a lei da vida: vivemos o que vivemos só uma vez. Só existe uma maneira de reviver, e isto acontece quando guardamos certos momentos e os relembramos quando queremos. Por isso, existem momentos que se eternizam porque simplesmente só os vivemos para podermos lembrar depois. Cabe a nós mesmos escolhermos se queremos viver um momento mais de uma vez ou não. Esse é o fantástico da lei da vida.

Fez ela a sua escolha. Mas agora ela imaginava como seria o novo ano. Sonhos, projetos e porque não? Tantas pessoas desistiram de planejar nesse momento ou por medo de se decepcionarem ou por medo de não terem forças o suficiente para irem atrás dos sonhos. Mesmo correndo o risco de se decepcionar ela preferiu olhar para o novo ano com olhos de esperança.

Assim, naquela noite havia paz em seu coração porque mais uma vez se lembrara que um ano novo é sempre uma nova chance que Deus nos dá de sonharmos e concertamos aquilo que erramos. Nesse momento ela pôde crer enfim que Deus sempre faz tudo novo e por isso felizmente não estamos enfadados a viver na mesmice se quisermos. Quando estamos dispostos a recomeçar Deus sempre nos dá uma nova folha em branco para que nossa história continue sendo escrita de uma forma diferente. E foi nisso que ela pensou.

Quando menos viu já tinha chegado a meia-noite. A família estava desfrutando da reunião tradicional quando os muitos abraços começaram. Os votos de felicidades eram todos sinceros. Enquanto isso, ela ouvia os foguetes e quando teve a oportunidade de ir até o lado de fora, só pôde ver alguns atrasados e de longe iluminando o céu escuro. E ela nem viu os foguetes da meia-noite. Esta era a sua tradição que se quebrara naquele momento sem ela mesma perceber. Estava começando um novo ano, estava começando um novo tempo.

PS: Desejo a todos um feliz 2008!! Que este próximo ano seja diferente em nossas vidas, e que essa diferença sejamos nós a fazer.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Bru! Eu sou a Sarah, lá do Dot. Vi seu link e resolvi dar uma passadinha aqui (aff, eu sempre clico em links de blogs, rs). Gostei muito do seu texto. Realmente, no último dia do ano nunca vivemos o presente, né? Sabe que eu nem tinha reparado nisso? Mas talvez seja bom... Repensar todas as coisas.
Bueno, vou te linkar no meu blog, ok?
Feliz ano novo pra vc tb!

Bjim, fique na paz.

Anônimo disse...

oi bruininhaaaaa...paulista do meu coração...
maravilhoso seu blog...
seu texto...
ki seu ano seja abençoadoe ki DEUS te guie...
vamos viver cum ele agora e na eternidade...

bejauuuummmmmm!!!

um 2008 maravilhoso pra vc!!!!

Unknown disse...

ae...
julho here

fiko mo legal, nao li tudo mais depois vo le^^

bjos
JTA