quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Vida no Meu Castelo

Tendo a imaginar que a nossa Vida é como se fosse uma casa que abriga as mais diversas coisas. E se é uma casa, é divida em cômodos. E o que seriam esses cômodos? Seriam ao meu ver os diversos departamentos de nossas vidas, como geralmente costumamos a dividir: área emocional, sentimental, espiritual, profissional... Cada quarto representa uma área de nossa Vida. Mas há também sótãos em nossas Vidas que são quartos escondidos e pouco visitados. Talvez sejam esses os quartos em que escondemos os nossos segredos e até coisas vergonhosas.

A nossa Vida por ser uma casa, também recebe visitas. Há pessoas que são tão importantes que parecem nem serem visitas, mas sim moradoras da nossa Vida e dignas de estarem nos melhores aposentos da casa. Por isso é bom que nossa casa esteja sempre apresentável e bem cuidada. Toda casa precisa de ter limpeza periodicamente para não acumular poeira e teias de aranha (elas são terríveis) e assim tornar-se sempre habitável e agradável.

E já que minha Vida é uma casa, gosto de imaginá-la como se fosse um castelo, que também é uma edificação. Castelo porque ostenta uma magnificência e aparenta ser bem ornado, além de representar uma fortificação. Não quero dizer com isso que tenho uma vida bem “ornada” ou que eu seja forte demais, mas sim que admiro essas características de um castelo.

Castelo de sonhos, idéias, sensações, pensamentos e crenças. E é nesse castelo que se passam minhas vivências. Mas quero que esse castelo seja sempre cheio de vida e se é Deus que me ajuda a edificá-lo, sei que assim será. Por mais que um castelo seja significamente grande, que o meu castelo não guarde em si espaços vazios.

Talvez tenha saído daí a minha inspiração para o tema do blog. Tudo bem, isso parece ser mais uma viagem, mas às vezes é bom dar asas a imaginação...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Agir de Deus

Conhecer a Deus é uma experiência tão individual que ninguém pode fazer isso por nós. Por mais que alguém nos conte e nos fale como Deus é e como Ele age, não iremos ter certeza do que ouvimos se não tivermos vivido ou buscado por isso também. Nesse caso só o conheceremos de ouvir falar. Jó, depois de passar por diversas lutas, conheceu mais de Deus através delas e só então pôde dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42:5).

Por isso, nunca conheceremos a Deus através de coisas tão palpáveis. Deus nunca será provado cientificamente. E Ele não precisa mesmo desses parâmetros. Deus é espírito e só o conheceremos se o buscarmos em espírito.

Além disso, Deus se manifesta de várias formas em nossas vidas e muitas vezes nas coisas mais simples. E nós muitas vezes esperamos d’Ele coisas tão grandiosas. É claro que Ele é um Deus de grandes maravilhas, mas não esqueçamos que Ele também é um Deus de simplicidade e age assim. Como quando Deus fala com Elias: “E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?” ( 1 Reis 19: 11 a 13).

Ele também manifesta de uma forma diferente para cada pessoa pois respeita nossa individualidade. Deus nos conhece tão profundamente que sabe a melhor maneira de tratar conosco.

E por fim, Deus não se enquadra em regras humanas. Tantos querem determinam como Deus fala e age, mas Deus faz de cada situação algo novo. Deus é criativo! Nossa mente que é muito limitada.

Inspirei-me no texto Fé Radical do DotGospel Blog . Um bom texto que me chamou a atenção e que recomendo a sua leitura.




Quero aproveitar o post e agradecer a Sarah do Não analisa não pelos selos que
me indicou. Obrigada por se lembrar do meu blog! E eu os indico ao
blog:

Rafenha





domingo, 17 de fevereiro de 2008

Loucura Humana

Seria difícil negar que cada um de nós não tenha pelo menos alguma coisa que nos faça loucos. Mas o que pode nos tornar loucos? E se temos alguma loucura, qual é o objeto dessa nossa loucura?

Eis uma carta de um sábio rei que teve uma loucura:



“Desde que a minha amada, única e fiel companheira descansou entre os mortos, a
minha vida se tornou uma lástima. Quando olho para o meu povo, o qual Deus
colocou sob o meu poder para que eu governasse, vejo homens seguindo com suas
vidas, trabalhando no seu labor, crianças sorrindo na inocência de suas
brincadeiras...todos, todos têm vida. Mas eu, eu não a tenho mais, pois só vivo
de tristezas.

O pior de tudo é me ver nas lembranças quando simples
coisas me remetem a ela. Nos móveis e paredes desse imenso palácio vejo o brilho
do seu rosto. A sua penteadeira ainda intocável desde que partiu para essa longa
viagem, está lá ainda exalando sua beleza. E como tenho sofrido nas noites
estreladas, pois elas, as estrelas, parecem gritar pelo seu nome, e eu,
igualmente passo a chamá-la pelas noites frias e solitárias.

A sua
cor preferida era o verde. O seu mundo era verde. A sua maquiagem e roupas eram
de tonalidades mil esverdeadas. Só ela tinha aqueles verdes e somente nela eles
eram vivos. Se o céu fosse verde eu já teria morrido.

Foi por isso
que dias atrás, caminhando pelos jardins do meu palácio, vi uma moça com
vestimentas verdes. Enlouqueci. Por um momento pensei ser a minha amada que
voltara do seu descanso. Fui até ela, e percebi que era somente filha de uma
criada. Voltei para os meus aposentos atordoado, pois tudo o que passei a ver
era verde.

Tive que tomar uma atitude antes que eu viesse a me
acabar. Para o bem do meu povo e de mim mesmo, declaro ser proibido o uso do
verde em roupas, paredes, móveis e tudo que tiver essa cor. Até mesmo as
árvores, jardins e toda vegetação, quero todos destruídos. Aqueles que tiverem
olhos esverdeados, que sejam exilados. A pena para quem desobedecer é a sua
própria morte e também a minha, pois se os meus olhos verem novamente tal cor,
este povo perderá o seu querido rei.”

Descubra a sua loucura!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Misericórdia quero e não sacrifício


Mefibosete, aleijado de ambos os pés, filho de Jônatas, remanescente da casa de Saul. Morava em Lo-Debar, que quer dizer terra sem pasto, e sua vida era de sofrimento até o momento em que foi chamado à presença do rei Davi. Isto aconteceu porque ao lembrar-se de sua aliança com seu amigo Jônatas, o rei Davi quis usar de misericórdia com aquele descendente que sobrara da linhagem de Saul. Sendo assim, segundo as ordens de Davi, foram restituídas as terras de Saul a Mefibosete e este passou a comer na mesa do rei como se fosse um dos filhos do rei.

Essa passagem descrita em 2 Samuel 9, diz no versículo 8 que Mefibosete não se sentia digno de tamanha bondade que lhe oferecera Davi, pois se considerava como um cão morto.

Muito parecido é o que Deus faz em nossas vidas. Ele nos tira de uma terra árida e nos coloca para banquetearmos com Ele em Sua presença, mesmo nós não merecendo. Isso se chama misericórdia. Misericórdia pode ser entendida como compaixão, bondade ou perdão. A misericórdia de Deus se manifesta em nossas vidas de várias formas como quando na fraqueza é que somos fortes ou como quando nossos pecados são lançados no mar do esquecimento porque fomos perdoados. Recebemos misericórdia de Deus imerecidamente.

Deus requer também de nós misericórdia, que nesse caso pode ser entendida como obediência e um coração quebrantado e verdadeiro diante de Deus. Sacrifícios eram feitos perante Deus para a remissão de pecados, mas eles nunca acabavam porque os pecados nunca deixavam de ser cometidos. Sacrifício quer dizer oferecer algo valioso a Deus, e por isso se tornava aceitável diante d’Ele. Mas ainda sim Deus diz em Oséias 6:6 “Misericórdia quero, e não sacrifício”. Ou seja, Deus prefere a misericórdia. Isso porque o sacrifício nem sempre era de todo coração e verdadeiro. E Deus ama a verdade.

A partir do momento em que o maior sacrifício foi feito por Jesus em favor da remissão de nossos pecados, não foi mais preciso nenhum sacrifício. Se para a remissão de pecados do povo de Israel era necessário que o sumo sacerdote entrasse a oferecer sacrifícios uma vez ao ano, com o sacrifício vivo de Jesus isso já se tornou aceitável diante de Deus somente uma vez. Ou seja, não há mais sacrifícios a serem feitos. Que coisa maravilhosa!

O sacrifício que Deus quer de nós hoje é simplesmente sacrifícios de louvor e o negar-se a si mesmo, ou seja, a própria carne. Esse sacrifício não pode ser entendido como um sofrimento ou um peso porque Deus não nos dá nada a mais que não possamos suportar: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).

Nos quatro dias do feriado de carnaval aprendi muito sobre “misericórdia quero e não sacrifício” no acampamento da IBC (Igreja Batista Central em Goiânia), minha igreja. Por isso resolvi falar um pouco aqui sobre esse tema. Bom mesmo é servir e ter um compromisso real e verdadeiro com Deus, que é a fonte de todas as misericórdias: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3:22).

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Agora é Recomeçar


Depois de longos cinqüenta dias, a UFG (Universidade Federal de Goiás) enfim liberou a lista dos aprovados no último vestibular. Eu era uma das que estavam na espera angustiante. Como é cansativo tudo isso! Talvez o pior nem seja passar o ano todo por conta dos estudos e se privar de outras atividades, mas sim a espera pelo resultado que é tão decisivo.

Primeiro vestibular, curso de Direito. Será que eu passo? Pensei inúmeras vezes. Para quem não acreditava nem passar na primeira fase devido a pontuação obtida, foi uma vitória ter a oportunidade de ao menos fazer as provas da segunda fase. Eu fui essa pessoa. Que surpresa tive ao ver o meu nome na lista dos convocados para a segunda fase!

Já estava grata a Deus por isso, pois mesmo não passando no vestibular eu teria ido até o fim e tentando. Assim, fiz as provas da segunda fase e fiquei na expectativa. No dia 31 de janeiro eu saberia se iria ser classificada ou não.

Além de esperar por todos esses dias, no próprio dia de sair o resultado também teria que se esperar até à tarde, que seria o horário da divulgação. Às seis horas foi enfim divulgada a lista. Eu estava ouvindo a divulgação dos nomes pela rádio e também procurava no endereço da internet, que logicamente estava congestionadíssimo. Depois de um tempo consegui ver a lista, procurei por meu nome, ele não estava lá.

Isso poderia mesmo acontecer, era fato. Agora não tinha mais nada a se fazer. Agradeço a todos que oraram e torceram por mim. Fico feliz por aqueles que passaram. Àqueles que conheço, meus parabéns! Não vou citar nomes aqui. Mas infelizmente, também muitos dos que conheço não passaram como eu. A esses fica o meu convite de irmos e tentarmos novamente. A vida é assim.

Creio que se aconteceu assim é porque ainda não era o meu momento e Deus quis que assim fosse. Seja feita a Sua vontade. Agora é recomeçar e tentar mais um ano e estou disposta a isso. Deixo aqui esse versículo: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.(Romanos 8:28).