terça-feira, 12 de agosto de 2008

Amor de Deus

Já faz algum tempo que queria escrever sobre esse assunto. A princípio, achei um pouco difícil porque limitar em palavras algo que é tão grande e tão incompreensível sempre deixa algo a faltar. Mas pelo menos um pouco do que acredito e vivo do amor de Deus falarei aqui.

Todos estão acostumados a ouvir aquelas típicas frases como “Jesus te ama” ou “Deus é amor”. Mas elas soam tão repetitivas e mecânicas que nem penetram mais na alma. Quem as ouve e as diz nem pára para pensar no quanto são profundas, e por isso tornam-se simples palavras justapostas que não acabam transmitindo a verdade espiritual que deveriam porque não lhes são dadas a devida atenção. Mas vamos aqui nos propor a pensar um pouquinho mais nelas e refletir no amor de Deus.

Essas pequenas frases falam de uma insondável verdade. Falam de um amor grandioso e perfeito que nós seres humanos não conseguiríamos sentir e doar a outrem da forma como nós o recebemos de Deus. O Seu amor é incondicional, isto é, independe de circunstâncias e, além disso, é eterno, constante e imutável. Deus não nos ama mais do que amou ontem, tampouco amanhã nos amará mais. O amor Dele não regride e nem mesmo progride, pois já está no seu máximo, já alcançou a perfeição.

Amor que eu não consigo entender... Se sou falha, limitada e pecadora, Ele estende para mim as suas mãos que sempre estão prontas a perdoar quantas vezes forem necessárias. Se Ele mesmo nos ensina a perdoar e amar até os inimigos, quanto mais isso por nós Ele faz! Onde abunda todos os meus pecados é onde superabunda a Sua graça e perdão.

O Seu amor é nos mostrado de várias formas, mas com certeza a maior é esta descrita em Romanos 5;8 : “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” A vinda de Jesus para morrer pelo nossos pecados é o maior gesto de amor que já existiu! E nada pode ser maior do que este ato, nem mesmo a morte, pois o amor de Deus, manifesto a nós através da vida de Jesus, venceu todas as coisas.

Alguns falam que tudo isso é fanatismo, religiosidade e por isso inutilidade e exagero. As pessoas não querem ouvir falar de Deus e do Seu amor porque têm uma falsa idéia do que é o reino de Deus (não vou discutir aqui o porquê de essa mensagem ser passada e entendida de uma forma errada). Acham tudo isso uma chatice, coisa careta que só crente chato fala. Pensam que Deus se reduz somente aos templos, igrejas, pastores, padres...essas coisas limitadas e dogmáticas. Mas dogmas, doutrinas, religião,tudo isso é secundário. O primário é buscar o reino de Deus e sua justiça, como Sua própria palavra nos diz, e assim experimentar o Seu amor, algo que é extremamente individual.

Acredito que falar de um amor tão grande e que não faz acepção de pessoas não é algo chato. Ainda mais porque é por este amor tão grande que estamos vivos e que podemos ser salvos, se assim quisermos. Este amor é sem limites e por isso deve ser passado adiante. Do que adianta guardá-lo somente para nós mesmos? Assim diz 1 João 4; 7 : “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.”

Se você que até aqui acreditou que falar do amor de Jesus sempre foi algo fantasioso ou exagerado, acredite que este amor é o que pode mudar completamente a vida de qualquer pessoa. Aconselho-te que leias a Bíblia, pois ela sim fala de como é o amor de Deus. Não contente somente com o que as pessoas dizem, procure a prova e assim você se sentirá firme. Então você poderá entender uma parte do que é o amor de Deus. Eu, através deste texto sei que ainda não conseguir falar tudo o que representa o amor de Deus. Acredite, é muito mais do que isso! Sentir-se amado por Jesus é a melhor experiência que podemos ter. Este Deus que nos ama não é só o meu, mas é o seu, o nosso, o Deus de todos nós!
“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida
pelos seus amigos.” (João 15: 13)

“Porque o amor de Cristo nos
constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos
morreram.” (2 Coríntios 5: 14)

“Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3: 16)

“Mas, se alguém ama
a Deus, esse é conhecido dele.” (1 Coríntios 8: 3)

“E conhecer o
amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a
plenitude de Deus.” (Efésios 3: 19)

“Mas,
sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a
multidão de pecados.” ( 1 Pedro 4: 8)

“Quem nos separará do amor de
Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou
o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte
todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas
coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo
de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as
potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem
alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8: 35-39)


Amor de Deus – Fruto Sagrado

Ouvia falar no Teu nome, mas demorei pra perceber
Que você não era aquele papo careta de religião
Estava anestesiado, adormecido em meus preconceitos
Escondido e armado, contra tudo e todos
Mas o Teu olhar brilhou mais que o sol
Esse calor me encheu de vida
Teu amor se derramou como um perfume
E o meu passado pesado e carregado de pecados
Você apagou, Você me aceitou, me perdoou
Amor que eu não consigo entender
Me deu uma nova história
Um novo modo de ver e de viver a vida
Olhar as pessoas e o mundo sob um novo prisma
Quanta coisa que eu perdi sem Te conhecer
A gente achava que sabia tudo
Mas na verdade a gente não sabe nada
Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram
Nem jamais penetrou em coração humano
O que Deus tem preparado pra aqueles que o amam

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Dia da Montanha-russa

Algumas semanas atrás fui a um parque de diversões com alguns colegas do meu cursinho. Até então eu nunca tive a coragem de ir na montanha russa, apesar da curiosidade. Mas pensei que dessa vez seria diferente e que eu não iria perder a oportunidade de ir em um brinquedo tão aventureiro.

Fomos primeiro em outros brinquedos e quando chegou o momento em que todos decidiram ir na montanha russa, eu hesitei. Quando vi aquela rapidez, aquela altura e aquele loop...a primeira coisa que pensei “eu ir em um negócio desse? de jeito nenhum. não tenho coragem mesmo!”. Mas todos estavam indo e me convenciam a isso também.

Então me lembrei que sempre tive vontade de ir e não era justo que agora o meu medo fosse maior do que essa vontade. Então todos nós fomos e sentamos nas cadeiras. Eu estava nervosa e agitada. E de um salto, eu sai da cadeira e desisti na hora. Deixei a turma ir sem mim; não tive coragem.

Eu fiquei vendo todos eles subindo, descendo e virando de cabeça para baixo; eles no ar e eu no chão, isso era mais seguro para mim. Nesse meio tempo ouvi uma mulher dizendo perto de mim: “nossa, isso é bom demais!”. E quando meus colegas chegaram era isso também o que eles diziam. Então pensei por que não me arriscar?

Alguns da turma foram novamente e conveceram-me mais uma vez para ir. Eu aceitei e dessa vez foi para valer. Sentei-me e fui. Tive coragem, me arrisquei. Durante quase todo o trajeto fui de olhos fechados só para não ver a altura, mas mesmo assim deu para sentir o quanto foi legal! É tão rápido que quase não senti frio na barriga. Foi mesmo muito emocionante e depois não me arrependi de ter ido, pelo contrário quis ir de novo.

Depois disso fiquei pensando. A nossa vida é feita de decisões, em muitas delas temos que refletir muito antes de tomá-las para medir as suas conseqüências. Mas têm outras nas quais não temos que pensar muito e sim arriscar para ver no que vai dar porque simplesmente não são todas as conseqüências que podemos prever.

Às vezes o excesso de cautela é prejudicial, nos atrapalha a viver mais e nos impede de aprender com a própria vida. Não estou fazendo disso uma regra, mas uma exceção. Foi uma situação simples do meu dia-a-dia, mas que me fez lembrar o quão é importante termos a sabedoria de arriscarmos em alguns momentos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Julho e o Inverno

O vento batendo nas janelas e fechando as portas violentamente não me deixa esquecer que já estamos em julho enquanto que na madrugada o frio ligeiro me avisa que já chegamos ao inverno do cerrado. O sol durante o dia, que só nos esquenta se sairmos de casa para vê-lo, me faz lembrar que há momentos que temos que procurar algo assim como ele, que é capaz de nos acalentar quando então precisamos.

Mais uma vez o tempo mudou. Aqui na região central do país já algum período não vemos mais as chuvas ou o calor intenso. E agora sentimos na própria pele essa ausência: o tempo seco com baixa umidade, que tende a ficar assim ainda por um longo período, acaba trazendo alguns transtornos até para a própria saúde, principalmente no que diz respeito aos problemas respiratórios.

Mas não é por causa de todos esses contratempos que devemos nos chatear com este período do ano. Sabendo nos adaptar de alguma forma a essas variações podemos aproveitar julho e todo este período que compreende o nosso inverno. Assim como em outro post falei do quanto a estação do outono pode nos ensinar algo, o inverno também e por conseguinte todas as outras estações do ano.

Essas mudanças existem e vêm todos os anos para nos mostrar que assim como o tempo climático somos inconstantes e que também dependendo da situação nossas necessidades mudam. À noite minhas mãos gelam tanto e nesse instante lembro que daqui a alguns meses estarei reclamando do calor. Neste tempo seco fico me lembrando da chuva e daquele cheiro de terra molhada enquanto que daqui a um tempo ficarei chateada quando a chuva me impedir de sair de casa. Assim parece que nunca estamos satisfeitos com nada! Antes de reclamarmos, como eu já disse, seria melhor adaptarmos e aproveitarmos cada momento.

É assim que deveríamos aproveitar o mês de julho, olhando-o de uma maneira diferente. E por falar nisso parece que julho tem tudo a ver com aproveitar mesmo, já que é o período das férias escolares. Parece ser um descanso, uma parada no meio do ano, um momento para respirar e mais uma vez para pensar sobre si mesmo.

Todo este clima (aqui não no sentido meteorológico) sempre me fez ver o mês de julho como um momento tranqüilo. E é isso que aprendo com essa época: tranqüilidade mesmo que os ventos estejam tão fortes; respirar fundo mesmo que o ar esteja tão seco.

Além do mais, é o mês do meu aniversário, o que o torna um pouco mais significativo. E neste ano será o meu décimo e oitavo aniversário, o marco para a maioridade, o que na verdade nem faz muita diferença. E eu também nem gosto das idades pares. Não sei explicar por que, mas prefiro as ímpares.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Meme

Recebi um meme da Késsia. Achei muito legal. São três respostas para cada uma das cinco perguntas:

Três alegrias:

1. Sentir o amor de Deus por mim
2. Estar com minha família
3. Descobrir coisas novas

Três medos:

1. Envelhecer e tornar-me uma velhinha chata
2. Enfermidade repentina
3. Violência

Três objetivos:

1. Aprender a ajudar e amar mais o próximo
2. Ser mais ousada
3. Passar no vestibular este ano

Três obsessões atuais:

1. Internet
2. Entender um pouco mais de Física
3. Ouvir música

Três fatos surpreendentes:

1. Quando eu tinha mais ou menos uns oito anos ganhei um pintinho de estimação no dia das crianças e o matei esmagado no mesmo dia. Mas foi sem querer (rs).
2. Escrevo em diários desde os sete anos e nunca parei
3. Eu gostava de assistir às novelas mexicanas do sbt

A minha lista de links de blogs ainda é muito pequena, mas eu passo o meme para a Sarah do blog Não analisa não.

terça-feira, 24 de junho de 2008

De quem é o controle?

Acreditar que tudo gira em torno da figura do homem (nós) como se este fosse tão importante e tão superior, pode ser algo falho. Se fôssemos tão importantes assim, teríamos ao menos o controle sobre nós mesmos, sobre o nosso organismo que faz tantas atividades, mas são realmente pouquíssimas que dependem de nossa vontade racional. O nosso coração bate sem que precisemos querer que isso aconteça!

Ao pararmos para pensar um pouquinho que seja veremos que não somos assim tão bons, pois se assim fosse tudo nos obedeceria e teríamos
controle sobre todas as coisas. Não somos nós que damos a direção aos ventos ou que escolhemos o acontecimento de fenômenos naturais. Não somos nós que escolhemos o tempo de viver e de morrer. Não somos nós que escolhemos quando uma enfermidade virá.

Até mesmo sobre os nossos próprios sentimentos não temos total controle. Se não formos equilibrados o bastante, muitos deles nos dominam. Por isso, muitas vezes vivemos situações tão contraditórias onde queremos fazer algo, e sem querer acabamos fazendo o contrário, o desagradável. Tudo isso por causa de nossas ações impensadas, da nossa imperfeição.

Ainda não percebemos que nem todas as coisas estão sob as nossas palavras de ordem. Fazemos sonhos, planos e projetos, mas nunca sabemos se eles acontecerão da forma como queremos e acreditamos. O inesperado sempre vem e aquilo que não desejamos também.

Nada foi feito para nós, através de nós e por nós. Não temos essa glória. Somos só dependentes d’Aquele de quem todas as coisas dependem. Infelizmente muitos ainda não perceberam isso e acham que a visão de que o Deus Trino, em sua perfeição, e que está no centro de todas as coisas é muito exagerada, mas para mim ela é a resposta de todas as coisas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Perfume


Ele estava ali esquecido entre os outros e sob a penteadeira cheia de caixinhas de brincos, pulseiras e gargantilhas. Lá estavam também os hidratantes, os batons, os corretivos para a pele, a maquiagem e todos os aparatos de beleza de que a Dona realmente precisava. Tinham também os seus irmãos por assim dizer, os outros perfumes que chegaram depois dele e fizeram com que ele fosse mais esquecido ainda.

Sim, aos poucos ele foi sendo deixado ali no canto parecendo que não tinha mais utilidade, pois a Dona nem notava mais sua presença. Mas no frasco ainda havia o líquido volátil, o perfume, do contrário ela já o teria jogado no lixo há muito tempo. Ele foi substituído por outros melhores que ela tinha ganhado de pessoas de valor ou que tinham sido comprados por uma boa quantia que são os famosos perfumes importados.

Ela nem o considerava como um perfume na verdade, e falava que era somente uma colônia, como muitos dizem. Era pequeno, e o seu frasco meio azulado. A Dona o tinha ganhado de uma pessoa da família e nem deu tanto valor ao presente ganhado. Guardou o perfume lá na penteadeira demorando muito tempo para poder usá-lo.

Mas em certo momento aquele frasco despertou a sua curiosidade e ela o abriu para sentir sua fragrância. Cheirou e achou o aroma comum, não mais interessante do que os outros que já tinha, mas mesmo assim resolveu usar por algum tempo aquele simples perfume. E todos os dias ela o aspergia em si e assim foi por alguns meses.

Esses meses estavam sendo para a Dona muito memoráveis com acontecimentos muito marcantes e muito esperados. A cada dia era uma descoberta, um sentimento novo, coisas que ela nunca tinha vivido, mas que estava tendo então a oportunidade de viver. Estava sendo uma boa época, talvez o melhor momento de sua vida, mas que não duraria para sempre porque a vida é assim para todos, cheia de bons e maus momentos. Para os bons restam somente as lembranças e para os maus a tentativa do esquecimento.

A vontade de usar o perfume passou e a Dona o devolveu para o seu canto escondido. Sem ela perceber estava também passando aquele lindo momento de sua vida, aquele de tantas conquistas, tantos risos e tantos sonhos concretizados. Tempos difíceis se inaugurariam agora e a lembrança daquele tempo tão bom seria o passado idealizado, aquele que foi e que se fosse possível ela voltaria para reviver.

Mais um tempo se passou, e o perfume ainda continuava lá meio que empoeirado. Outro tempo também chegara para a Dona, agora nem tão bom, nem tão mau, mediano, mais um momento de transição, construção e tentativas. E ocasionalmente, outra vez o perfume se fez lembrar em sua mente e ela o resgatou do seu canto, se interessou novamente, se questionou do porquê de não ter dado valor aquele simples perfume e por tê-lo deixado ali esquecido. Resolveu usá-lo novamente.

Antes, se a Dona acreditava que o aroma do perfume era tão fraco que nem se fazia sentir, a partir daquele momento tudo mudou. Enquanto ela passava aquele perfume como fazia antigamente veio impulsionante as lembranças daquele tempo. Os mesmos sentimentos, as mesmas sensações. Ela podia fechar os olhos e se imaginar naquelas situações tão agradáveis que parecia ser real. Tudo se fazia vivo de novo. Nem mesmo ouvindo as músicas que ela havia conhecido naquele momento não a fazia mergulhar nas lembranças tão fortemente como aconteceu quando o frasco fora aberto.

Era um perfume simples, um frasco pequeno e um aroma aparentemente débil, mas tinha sido aquele frescor que a acompanhara em seus melhores momentos. E quando tudo aquilo passou de uma forma dolorida, a Dona sem perceber guardou todas aquelas boas lembranças dentro do frasco junto com o perfume, e o abrindo novamente as fez livres e vivas mais uma vez. Agora, de todos aqueles perfumes, o do frasco azulado era o que mais lhe valia.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Mulher Samaritana

No tempo em que Jesus esteve na terra, vidas de muitas pessoas eram transformadas a partir do momento em que conheciam e encontravam-se com Ele. Quantos foram os cegos de nascença que puderam ter a oportunidade de enxergar porque receberam o toque de Jesus! Ou os coxos que puderam andar porque receberam o milagre d’Ele! Essas vidas nunca mais foram as mesmas porque Jesus mudou as suas histórias. E como essas pessoas esqueceriam d’Aquele que as curou? Jamais! Jesus era inesquecível para elas e sempre estaria em seus corações até o final de suas vidas.

Da mesma forma foi com a mulher samaritana. Em um dia comum, um dia como qualquer outro a sua vida foi mudada em uma simples conversa, que sem ela saber de princípio, era com o Messias. Jesus rompeu barreiras para estar ali conversando com ela porque Ele sendo judeu não poderia comunicar-se com samaritanos segundo os costumes da época. Com isso Jesus demonstra que se preocupava com todos, independente se alguém era judeu ou não.

A simples conversa inicia-se quando Jesus pede água a mulher e a partir daí Ele sabiamente começa a falar de verdades espirituais tendo como base a própria água. Jesus fala da água da vida, água que vem d’Ele e que não nos faz ter mais sede. A mulher samaritana pede então dessa água e através do que Ele fala e revela a ela, a mulher percebe então que Ele é profeta. A partir daí ela já sabe que Ele não é qualquer pessoa e que tem algo muito especial da parte de Deus em sua vida.

Mas maior do que a percepção de que Jesus era um profeta se dá quando a mulher diz crer na vinda do Messias. Neste momento Jesus faz uma grande revelação. Aquele homem judeu profeta que estava conversando com aquela mulher samaritana era simplesmente a pessoa mais importante desse universo. Era Deus feito carne, o Salvador, o Messias, o filho de Deus! Quando a mulher percebe enfim a grandeza e amplitude de quem realmente era aquele homem simples com quem ela conversava, a sua vida foi transformada.

Uma de suas reações foi ir logo contar a todos que o Messias estava ali e que o Reino de Deus já era chegado. Creio eu que até o final de sua vida ela lembraria daquele dia tão especial e principalmente de Jesus, por mais que ela não tivesse mais tido outras oportunidades de vê-lo novamente. Ela creu que a verdade da vida eterna estava naquelas doces palavras que ouviu de Jesus e as contaria para quem quer que fosse.

Acredito que em cada um de nós existe um pouco da mulher samaritana. Se para os outros somos rejeitados, discriminados pela cultura ou outra coisa, Jesus faz diferente, vem até nós e nos encontra como somos. Encontro este que muda a nossa vida, não porque Ele faça alguma cura física, mas porque Ele faz principalmente uma cura interior, nos trazendo revelação, as palavras de vida eterna e a água da vida. Jesus nos ama.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Detalhes que não fazem a diferença e diferenças que são meros detalhes


Elas estão em todos lugares e se expressando nas mais diversas situações. Na roupa que vestimos, no estilo do cabelo, na cor da pele, na maneira que andamos, no modo como vivemos e principalmente no modo como pensamos. São as diferenças, que torna cada um de nós seres únicos e detentores de um modo de viver particular, mas não mais ou menos importantes do que os outros indivíduos.

Mas as diferenças sempre têm sido motivos de problemas nas relações sociais em qualquer época da história. Elas não são bem vistas e nem respeitadas porque nunca aprendemos que elas existem não para trazer divisão, mas sim para nos fazer ter a consciência de quem somos e quais são as nossas limitações, ou seja, nos leva ao nosso autoconhecimento. Quão horrível seria se todos fossemos iguais e se tivéssemos a mesma maneira de pensar, a mesma cultura, língua e aparência.

Nosso grande desafio é saber conviver com as diferenças, mas isso por vezes se torna difícil. Se este mundo é habitado por bilhares de pessoas sendo que cada uma delas é, pensa e age de uma forma diferente, chega um momento que essas “naturezas humanas” se chocam. Isso acontece quando os limites das diferenças são ultrapassados e mais do que isso, um individuo tenta impor o seu modo de viver e ser, ou seja, as suas verdades no outro.

Talvez este tenha sido um grande erro no conjunto das relações interpessoais: uma pessoa tentar impor as suas verdades, o seu modo de viver e suas crenças no outro julgando assim que ela tem a verdade em mãos, incontestável. É certo que para mim, por exemplo, o que acredito e vivo é uma verdade irrefutável, mas para os outros pode não ser e por isso mesmo a tendência é que eu tente convencê-los das minhas verdades. Não acho isso errado, pelo contrario, é a partir da explanação de pontos de vista divergentes e então debatendo que crescemos e de fato formamos nossa opinião. Entretanto, como já disse, existe um limite que nesse caso fica entre o apenas debater e o impor.

As diferenças não podem ser obstáculos nas nossas relações sociais e temos que saber respeitá-las. Mas também, não podemos deixar de reconhecer a sua existência. Só não podemos dar-lhes uma carga de importância que não têm. Tendo a sabedoria para ouvirmos o que o outro tem a dizer sobre o que pensa e acredita, perceberemos enfim que existem coisas maiores e melhores do que as diferenças, pois estas são só meros detalhes.

terça-feira, 8 de abril de 2008

As facetas da vida moderna

O mundo é mesmo uma loucura. A cada dia vemos coisas novas surgirem, avanços tecnológicos, descobertas científicas.... Enfim, tudo isso que nos leva acreditar que estamos dando passos largos, evoluindo a sociedade e potencializando a inteligência humana cada vez mais. O que ontem era moderno hoje pode ser ultrapassado, vista a rapidez com que todas essas transformações estão ocorrendo.

Não sei bem como era, mas posso imaginar como as pessoas tiravam fotografias no passado. Era realmente uma coisa difícil porque elas não tinham a casa cheia de porta-retratos como temos hoje. Uma fotografia era uma raridade, uma coisa histórica para a família. Até mesmo a postura das pessoas na hora de tirarem a fotografia era diferente. Todas elas ficavam sérias, com a postura correta e também obedecendo a certa hierarquia de quem ficava mais à frente ou atrás, sentado ou de pé. Ou seja, o momento de tirar foto era como se fosse solene e único.

E hoje? Até assusto quando faço essa comparação. Depois que a câmera digital se tornou mais acessível às pessoas, virou uma facilidade tirar foto. Se quiser, você pode tirar quantas fotos que quiser só em um simples passeio que faz e ainda pode deletá-las se não gostar. Parece mais um espelho: você tira a foto e se achar que sua aparência não está bem, exclui, dá um retoque no visual e tira outra. Simples, simples. Existe uma facilidade tão grande que daqui algum tempo nem será mais interessante ter e tirar fotografias.

Isso é só um exemplo de como funcionam essas transformações na atualidade. Algumas realmente chegam a assustar, outras são completamente inúteis. Mas o que é mais difícil de entender é como essa mesma sociedade tem a capacidade de inventar tantas coisas e modernizar tantas outras e ao mesmo tempo conviver com problemas velhos como a fome, miséria e a segregação. Dois processos inversamente proporcionais.

Talvez a modernidade não seja tão boa assim quanto pensamos e não pode ter simplesmente como sinônimo a melhoria. Ela também serve para trazer separação e exclusão, pois não são todos que têm a mesma oportunidade. Se hoje temos alguns confortos, há outras pessoas que não tem absolutamente nada. Só nos resta saber aonde tudo isso irá nos levar.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Chegou Outono

Oficialmente, nós do hemisfério sul entramos na estação do outono no dia 22 de março. É interessante observar toda essa dinâmica da natureza e a sua necessidade de se renovar impressa nas quatro estações, sendo cada uma delas possuidoras de características próprias. Verdadeiramente é um ciclo em que a natureza passa por vários processos, mas acaba voltando para o mesmo lugar e começando tudo outra vez. Se não fosse esse ciclo, a natureza não subsistiria.

Mas falando mais especificamente do outono, podemos tirar muitas coisas interessantes dessa estação do ano para nossa reflexão. Há quem não se afeiçoe muito a essa estação, pois ela nos faz lembrar de um dia fechado, com o sol escondido e um vento teimoso. Parece nos dar angústia um tempo assim. Porém, ainda há quem goste desse ambiente, pois é muito propício a nos levar às reflexões e ao nosso íntimo.

Infelizmente, é pouco difícil diferenciarmos essa estação aqui no Brasil, pois em alguns momentos o outono se assemelha às características do verão e em outros momentos às do inverno. Mas em outros países, a exemplo os europeus, o outono é bastante perceptível. Nesses lugares as folhas das árvores apresentam tonalidades amareladas além de cobrirem o chão configurando um lindo tapete natural, demonstrando assim que essa estação marca a queda.

Sendo assim, mesmo não vendo o outono em sua totalidade em nosso país, sempre tivemos a idéia do que é o outono. Sabendo disso usemos então da maior expressão dessa estação que é a queda das folhas para aplicarmos a nossas vidas. Que joguemos fora aquilo que é velho e nos renovemos. Que o dia pouco sombrio nos leve a pensar. Que o vento venha a nos incomodar e nos chamar a mudanças. Que não tenhamos medo se o sol está escondido, pois haverá uma hora que ele voltará.





Quero também agradecer a Sarah (Não analisa não) por mais um selo que me
indicou. Bom mesmo saber que você se lembra do meu
blog.


Além desse, ela também indicou outros dois selos a
todos os blogs de sua lista. Como o meu está entre eles, posto aqui também esses dois
selos:






sábado, 22 de março de 2008

O Caminho e o Sentido

À noite, ao deitarmos e antes de realmente dormimos, nossa mente ainda demora um pouco para poder também descansar. Nessa hora vêm tantos pensamentos à mente como se fosse um filme repassando diante de nossos olhos sobre como foi o dia, o que fizemos, o que aconteceu de novo, o que foi desagradável... E também pensamos sobre as coisas que poderão acontecer, os nossos planejamentos e desejos para o próximo dia.

Cada um de nós por mais que diga que não viva isso, pelo menos em um dia já se viu em meio a essa situação. É de fato à noite quando colocamos a cabeça sobre o travesseiro que querendo ou não temos o tempo que não tivemos durante o dia de pôr na balança nossos relacionamentos, ações e os acontecimentos. De certa forma nesse momento é que somos um pouco sinceros com nós mesmos, e se há algo que fizemos de errado é aí que a nossa consciência “pesa”.

Mas uma das coisas que às vezes vem a nossa mente nesse momento da noite, mesmo que disfarçadamente, é o questionamento do porquê das coisas que fazemos, da vida que levamos, das escolhemos que fazemos, ou seja, o sentido das coisas, o sentido da vida. Analisamos e nos perguntamos aonde tudo vai chegar, se tudo passará e acabará, se este mundo realmente vai acabar como muitos dizem. Será que tudo que fazemos e buscamos para nossa vida vale mesmo a pena considerando que tudo isso aqui no mundo passará?

Aprendemos desde cedo que temos que estudar para podermos ter um bom futuro. Se formos olhar bem, essa é a primeira obrigação que temos na vida como participantes da sociedade que somos. Depois aprendemos que temos que batalhar por um bom emprego e de preferência que nos dê a tão deseja estabilidade, e assim por diante. Ou seja, devemos conquistar tantas coisas e ter uma ânsia por tantas outras. Mas para que todas elas não pareçam coisas desconexas em nossas vidas, devemos saber o que fazer com nossas conquistas.

Quando nos perguntamos a respeito do sentido das coisas esperamos logo ter uma resposta, mas sei que muitos não a encontra. Para esses, tudo parece sem graça no final das contas, se chegaram aonde queriam chegar, isso ainda não foi suficiente e o “vencer na vida” ficou totalmente sem sentido. Mas bem-aventurados são aqueles que encontram essa resposta.

Fico feliz porque quando me pego em meio a essas situações, eu também encontro a resposta. Se vejo que muitas coisas parecem sem sentido, sem nexo, vazias e insuficientes, por outro lado vejo que tem algo que me chama a atenção para coisas mais eternas, duráveis e verdadeiras. São essas coisas que realmente trazem sentido a existência humana, e, portanto, para minha vida. Sempre que me achego a Deus vejo nEle essa plenitude e é nEle que encontro o caminho para a resposta. Ele é a fonte de todas as coisas e com Ele tudo vale a pena, porque plantamos sementes para a eternidade, para um reino que diferentemente daqui não passa, o reino de Deus.

Assim, continuo indo atrás das minhas conquistas terrenas, mas com a certeza de que não são coisas para sempre, somente temporárias, que só precisarei delas enquanto estiver aqui. Por isso não farei delas coisas tão vitais. Mas enquanto isso, prioritariamente, também olharei para as coisas do alto. Elas me preenchem de forma inexplicável e acredito que é porque são verdadeiras. Pensando nisso, consigo então dormir tranqüila, pois tenho a confiança e a certeza da vida abundante que Deus nos dá. Conforto-me quando lembro que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Resumindo, Jesus é o sentido da vida.

sábado, 8 de março de 2008

Quando olho para o céu


A natureza nos reserva tantas coisas bonitas e maravilhosas que muitas vezes nem percebemos. Não é à toa que sempre ouvimos dizer por aí que a vida no campo, distante dos centros das grandes cidades, nos deixa mais perto das coisas naturais. Afinal de contas, como perceberemos a natureza a nossa volta com tantos edifícios, construções, barulho e um transitar de automóveis e pessoas fora de ordem?

Porém, quando estamos mais distantes de todas essas coisas inerentes à vida urbana, de fato passamos a observar a diversidade e exuberância da natureza: as árvores, os bichos, rios etc. São nessas situações que temos a oportunidade que não temos nas cidades de contemplar as coisas naturais e sua beleza. Não vamos encontrar, por exemplo, no meio de alguma cidade uma cachoeira, mas sempre que temos a oportunidade de ver uma ficamos fascinados com aquela força da água.

São nesses momentos que o “barulho” que ouvimos são de cantorias de pássaros e podemos observar o horizonte sem maiores dificuldades. Até o silêncio é diferente daquele que conhecemos de quando todos foram dormir e apagaram-se as luzes em nossa casa. Sem falar do ar que nitidamente parece ser mais limpo e agradável.

Por isso é sempre bom estar em contato com a natureza. Oras, o ser humano faz parte dela! O triste é ver que para isso precisamos muitas vezes sair da nossa rotina e do ritmo de vida que levamos nas cidades. Sim, porque não quero defender a idéia aqui de que devemos todos abandonar nossas vidas e irmos para uma fazenda ou um sítio só para ficarmos mais perto da natureza. Se moramos nas cidades e realizamos todas as nossas atividades nelas é porque temos motivos e necessidades (justificáveis ou não) para isso.

O que quero chamar atenção nesse ponto é que há coisas tão belas e que nem precisamos ir muito longe para vê-las, mas mesmo assim esquecemo-nos delas e isso é um grande erro. Fazemos tantas atividades no nosso dia-a-dia, coisas tão voltadas para baixo e esquecemos que estamos debaixo de um lindo céu. Independente do lugar que estivermos podemos olhar para o céu. Não precisamos ir para fora da cidade para poder vê-lo. Ele cobre toda Terra.

Quando olho para o céu penso em tantas coisas. Como o teto é para uma casa assim o céu é para o planeta. Ele é tão alto, parece inalcançável. Um azul sem igual. Parece interminável. Mesmo quando é a noite não reflete trevas, pois o brilho das estrelas e lua faz da negridão do céu um espetáculo. E as nuvens? Parecem que elas deslizam lá em cima, formando-se e desformando-se. Já tive tanta vontade de estar nas nuvens (literalmente) e poder dormir nelas. Penso que se estivermos lá de cima (nas nuvens como já imaginei, por exemplo) desfrutaremos de um silêncio tão confortante enquanto percebemos que aqui embaixo está um verdadeiro caos provocado por nós mesmos.

Sinto paz quando olho para o céu porque lembro que não é qualquer pessoa que faz um céu. Isso é uma coisa maravilhosa que só compete a uma pessoa: Deus. Por isso é que trata-se de algo tão perfeito e admirável. Quando olho para o céu lembro que sou pequena e que há coisas maiores do que eu, maiores do que minhas forças e problemas e maiores do que as guerras dos homens. O céu inspira grandeza e isso me leva até Deus e as Suas maravilhas. Não quero deixar de olhar para o céu só porque vivo aqui embaixo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Vida no Meu Castelo

Tendo a imaginar que a nossa Vida é como se fosse uma casa que abriga as mais diversas coisas. E se é uma casa, é divida em cômodos. E o que seriam esses cômodos? Seriam ao meu ver os diversos departamentos de nossas vidas, como geralmente costumamos a dividir: área emocional, sentimental, espiritual, profissional... Cada quarto representa uma área de nossa Vida. Mas há também sótãos em nossas Vidas que são quartos escondidos e pouco visitados. Talvez sejam esses os quartos em que escondemos os nossos segredos e até coisas vergonhosas.

A nossa Vida por ser uma casa, também recebe visitas. Há pessoas que são tão importantes que parecem nem serem visitas, mas sim moradoras da nossa Vida e dignas de estarem nos melhores aposentos da casa. Por isso é bom que nossa casa esteja sempre apresentável e bem cuidada. Toda casa precisa de ter limpeza periodicamente para não acumular poeira e teias de aranha (elas são terríveis) e assim tornar-se sempre habitável e agradável.

E já que minha Vida é uma casa, gosto de imaginá-la como se fosse um castelo, que também é uma edificação. Castelo porque ostenta uma magnificência e aparenta ser bem ornado, além de representar uma fortificação. Não quero dizer com isso que tenho uma vida bem “ornada” ou que eu seja forte demais, mas sim que admiro essas características de um castelo.

Castelo de sonhos, idéias, sensações, pensamentos e crenças. E é nesse castelo que se passam minhas vivências. Mas quero que esse castelo seja sempre cheio de vida e se é Deus que me ajuda a edificá-lo, sei que assim será. Por mais que um castelo seja significamente grande, que o meu castelo não guarde em si espaços vazios.

Talvez tenha saído daí a minha inspiração para o tema do blog. Tudo bem, isso parece ser mais uma viagem, mas às vezes é bom dar asas a imaginação...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Agir de Deus

Conhecer a Deus é uma experiência tão individual que ninguém pode fazer isso por nós. Por mais que alguém nos conte e nos fale como Deus é e como Ele age, não iremos ter certeza do que ouvimos se não tivermos vivido ou buscado por isso também. Nesse caso só o conheceremos de ouvir falar. Jó, depois de passar por diversas lutas, conheceu mais de Deus através delas e só então pôde dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42:5).

Por isso, nunca conheceremos a Deus através de coisas tão palpáveis. Deus nunca será provado cientificamente. E Ele não precisa mesmo desses parâmetros. Deus é espírito e só o conheceremos se o buscarmos em espírito.

Além disso, Deus se manifesta de várias formas em nossas vidas e muitas vezes nas coisas mais simples. E nós muitas vezes esperamos d’Ele coisas tão grandiosas. É claro que Ele é um Deus de grandes maravilhas, mas não esqueçamos que Ele também é um Deus de simplicidade e age assim. Como quando Deus fala com Elias: “E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?” ( 1 Reis 19: 11 a 13).

Ele também manifesta de uma forma diferente para cada pessoa pois respeita nossa individualidade. Deus nos conhece tão profundamente que sabe a melhor maneira de tratar conosco.

E por fim, Deus não se enquadra em regras humanas. Tantos querem determinam como Deus fala e age, mas Deus faz de cada situação algo novo. Deus é criativo! Nossa mente que é muito limitada.

Inspirei-me no texto Fé Radical do DotGospel Blog . Um bom texto que me chamou a atenção e que recomendo a sua leitura.




Quero aproveitar o post e agradecer a Sarah do Não analisa não pelos selos que
me indicou. Obrigada por se lembrar do meu blog! E eu os indico ao
blog:

Rafenha





domingo, 17 de fevereiro de 2008

Loucura Humana

Seria difícil negar que cada um de nós não tenha pelo menos alguma coisa que nos faça loucos. Mas o que pode nos tornar loucos? E se temos alguma loucura, qual é o objeto dessa nossa loucura?

Eis uma carta de um sábio rei que teve uma loucura:



“Desde que a minha amada, única e fiel companheira descansou entre os mortos, a
minha vida se tornou uma lástima. Quando olho para o meu povo, o qual Deus
colocou sob o meu poder para que eu governasse, vejo homens seguindo com suas
vidas, trabalhando no seu labor, crianças sorrindo na inocência de suas
brincadeiras...todos, todos têm vida. Mas eu, eu não a tenho mais, pois só vivo
de tristezas.

O pior de tudo é me ver nas lembranças quando simples
coisas me remetem a ela. Nos móveis e paredes desse imenso palácio vejo o brilho
do seu rosto. A sua penteadeira ainda intocável desde que partiu para essa longa
viagem, está lá ainda exalando sua beleza. E como tenho sofrido nas noites
estreladas, pois elas, as estrelas, parecem gritar pelo seu nome, e eu,
igualmente passo a chamá-la pelas noites frias e solitárias.

A sua
cor preferida era o verde. O seu mundo era verde. A sua maquiagem e roupas eram
de tonalidades mil esverdeadas. Só ela tinha aqueles verdes e somente nela eles
eram vivos. Se o céu fosse verde eu já teria morrido.

Foi por isso
que dias atrás, caminhando pelos jardins do meu palácio, vi uma moça com
vestimentas verdes. Enlouqueci. Por um momento pensei ser a minha amada que
voltara do seu descanso. Fui até ela, e percebi que era somente filha de uma
criada. Voltei para os meus aposentos atordoado, pois tudo o que passei a ver
era verde.

Tive que tomar uma atitude antes que eu viesse a me
acabar. Para o bem do meu povo e de mim mesmo, declaro ser proibido o uso do
verde em roupas, paredes, móveis e tudo que tiver essa cor. Até mesmo as
árvores, jardins e toda vegetação, quero todos destruídos. Aqueles que tiverem
olhos esverdeados, que sejam exilados. A pena para quem desobedecer é a sua
própria morte e também a minha, pois se os meus olhos verem novamente tal cor,
este povo perderá o seu querido rei.”

Descubra a sua loucura!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Misericórdia quero e não sacrifício


Mefibosete, aleijado de ambos os pés, filho de Jônatas, remanescente da casa de Saul. Morava em Lo-Debar, que quer dizer terra sem pasto, e sua vida era de sofrimento até o momento em que foi chamado à presença do rei Davi. Isto aconteceu porque ao lembrar-se de sua aliança com seu amigo Jônatas, o rei Davi quis usar de misericórdia com aquele descendente que sobrara da linhagem de Saul. Sendo assim, segundo as ordens de Davi, foram restituídas as terras de Saul a Mefibosete e este passou a comer na mesa do rei como se fosse um dos filhos do rei.

Essa passagem descrita em 2 Samuel 9, diz no versículo 8 que Mefibosete não se sentia digno de tamanha bondade que lhe oferecera Davi, pois se considerava como um cão morto.

Muito parecido é o que Deus faz em nossas vidas. Ele nos tira de uma terra árida e nos coloca para banquetearmos com Ele em Sua presença, mesmo nós não merecendo. Isso se chama misericórdia. Misericórdia pode ser entendida como compaixão, bondade ou perdão. A misericórdia de Deus se manifesta em nossas vidas de várias formas como quando na fraqueza é que somos fortes ou como quando nossos pecados são lançados no mar do esquecimento porque fomos perdoados. Recebemos misericórdia de Deus imerecidamente.

Deus requer também de nós misericórdia, que nesse caso pode ser entendida como obediência e um coração quebrantado e verdadeiro diante de Deus. Sacrifícios eram feitos perante Deus para a remissão de pecados, mas eles nunca acabavam porque os pecados nunca deixavam de ser cometidos. Sacrifício quer dizer oferecer algo valioso a Deus, e por isso se tornava aceitável diante d’Ele. Mas ainda sim Deus diz em Oséias 6:6 “Misericórdia quero, e não sacrifício”. Ou seja, Deus prefere a misericórdia. Isso porque o sacrifício nem sempre era de todo coração e verdadeiro. E Deus ama a verdade.

A partir do momento em que o maior sacrifício foi feito por Jesus em favor da remissão de nossos pecados, não foi mais preciso nenhum sacrifício. Se para a remissão de pecados do povo de Israel era necessário que o sumo sacerdote entrasse a oferecer sacrifícios uma vez ao ano, com o sacrifício vivo de Jesus isso já se tornou aceitável diante de Deus somente uma vez. Ou seja, não há mais sacrifícios a serem feitos. Que coisa maravilhosa!

O sacrifício que Deus quer de nós hoje é simplesmente sacrifícios de louvor e o negar-se a si mesmo, ou seja, a própria carne. Esse sacrifício não pode ser entendido como um sofrimento ou um peso porque Deus não nos dá nada a mais que não possamos suportar: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).

Nos quatro dias do feriado de carnaval aprendi muito sobre “misericórdia quero e não sacrifício” no acampamento da IBC (Igreja Batista Central em Goiânia), minha igreja. Por isso resolvi falar um pouco aqui sobre esse tema. Bom mesmo é servir e ter um compromisso real e verdadeiro com Deus, que é a fonte de todas as misericórdias: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3:22).

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Agora é Recomeçar


Depois de longos cinqüenta dias, a UFG (Universidade Federal de Goiás) enfim liberou a lista dos aprovados no último vestibular. Eu era uma das que estavam na espera angustiante. Como é cansativo tudo isso! Talvez o pior nem seja passar o ano todo por conta dos estudos e se privar de outras atividades, mas sim a espera pelo resultado que é tão decisivo.

Primeiro vestibular, curso de Direito. Será que eu passo? Pensei inúmeras vezes. Para quem não acreditava nem passar na primeira fase devido a pontuação obtida, foi uma vitória ter a oportunidade de ao menos fazer as provas da segunda fase. Eu fui essa pessoa. Que surpresa tive ao ver o meu nome na lista dos convocados para a segunda fase!

Já estava grata a Deus por isso, pois mesmo não passando no vestibular eu teria ido até o fim e tentando. Assim, fiz as provas da segunda fase e fiquei na expectativa. No dia 31 de janeiro eu saberia se iria ser classificada ou não.

Além de esperar por todos esses dias, no próprio dia de sair o resultado também teria que se esperar até à tarde, que seria o horário da divulgação. Às seis horas foi enfim divulgada a lista. Eu estava ouvindo a divulgação dos nomes pela rádio e também procurava no endereço da internet, que logicamente estava congestionadíssimo. Depois de um tempo consegui ver a lista, procurei por meu nome, ele não estava lá.

Isso poderia mesmo acontecer, era fato. Agora não tinha mais nada a se fazer. Agradeço a todos que oraram e torceram por mim. Fico feliz por aqueles que passaram. Àqueles que conheço, meus parabéns! Não vou citar nomes aqui. Mas infelizmente, também muitos dos que conheço não passaram como eu. A esses fica o meu convite de irmos e tentarmos novamente. A vida é assim.

Creio que se aconteceu assim é porque ainda não era o meu momento e Deus quis que assim fosse. Seja feita a Sua vontade. Agora é recomeçar e tentar mais um ano e estou disposta a isso. Deixo aqui esse versículo: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.(Romanos 8:28).

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Bobo da Corte

Lembro-me de um livro de literatura infanto-juvenil que li algum tempo atrás e que se chamava As Batalhas do Castelo de autoria de Domingos Pellegrini. O livro conta uma história que se passa na Idade Média na qual um rei em seu leito de morte dá para o bobo de sua corte o título de duque e um castelo. Entretanto, esse castelo é disputado pelos dois filhos do rei e o bobo da corte acaba ficando com outro castelo abandonado e de pouca significância para os filhos do rei. A partir daí, o bobo da corte que sei intitula de Bobuque passa a conduzir ao seu castelo aqueles considerados a escória da sociedade daquela época, como os velhos, aleijados, doentes e crianças abandonadas. Assim, o Bobuque com ajuda de cada pessoa do seu castelo vai construindo uma comunidade unida capaz de passar por diversos obstáculos.

A Idade Média foi um período muito interessante por ter abrigado coisas típicas como castelos, reis, príncipes, bobos da corte e o trovadorismo, por exemplo. Eu particularmente me interesso muito por essa parte da história e foi por isso que gostei de ter lido esse livro.

A figura do bobo da corte na Idade Média também é digna de comentários. Na verdade, os bobos da corte foram mais comuns no final da Idade Média e recebiam também os nomes de curinga, jogral, pierrot ou bufão, entre outros. Eles geralmente apresentavam uma deficiência física e sua principal função era entreter o rei e a corte.

Ao contrário do que se pensa, o bobo da corte não era tão bobo assim. Ele entendia da política e das coisas do reino. Era ousado e por vezes irônico, zombador e tecia críticas escondendo-se atrás dos seus disfarces enquanto declamava, dançava e tocava instrumentos. O bobo da corte, pode se dizer, era o único súdito que podia ter tais comportamentos de crítica ao reino e ao rei sem correr o risco de ser preso. Ele era livre no pensar e no agir como ninguém era.

Hoje, talvez o que mais se aproxima de um bobo da corte sejam os palhaços de circos. Pelo menos essa imagem do bobo da corte não morreu totalmente e um pouco dela está presente nos nossos dias. Que nos espelhemos na sua irreverência e ousadia!

domingo, 20 de janeiro de 2008

O Show da Vida


Quando eu era pequena, às vezes imaginava que tudo o que eu vivia poderia ser um sonho que eu mesma estivesse sonhando quando eu ainda fosse bebê. Outras vezes imaginava que a vida era uma espécie de teatro e que a qualquer hora alguém falaria que tudo não passava de uma brincadeira. Coisa de criança.

Mais interessante ainda era quando eu imaginava que a minha vida era vista por outros. Eu chegava a imaginar que existia uma espécie de mundo paralelo em que os seres dali (diferentes de nós) não faziam outra coisa a não ser assistir minha vida. Eles gostavam dessa rotina e torciam para as coisas darem certo para mim. Em todo lugar tinham televisores: nos altos dos edifícios, nas casas, nas ruas e nos comércios. Tudo o que acontecia comigo era mostrado nesses televisores a todo tempo sem interrupção, como se uma câmera me acompanhasse. À noite, quando eu ia dormir, ao mesmo tempo em que eu aparecia nas telas era mostrado também “os melhores momentos do meu dia”. O melhor de tudo é que para tudo existia uma trilha sonora, e às vezes até eu inventava algumas músicas.

Na primeira vez que assisti aquele filme “O Show de Truman: o Show da Vida” com o Jim Carrey, eu pensei, copiaram minha idéia. Ainda hoje considero aquele filme muito interessante e bem sugestivo. Mas com o passar do tempo fui me esquecendo dessa invenção que eu criara na minha mente.

Muitas vezes nos questionamos acerca do que realmente é a vida. Muitas vezes não conseguimos acreditar o quanto o ser humano é capaz de ter tanta maldade no coração, e esperamos que alguém fale que isso é mentira e que tudo o que vivemos de ruim é mentira também. Muitas vezes desejamos acordar de um terrível sonho e acreditar que as coisas podem ser melhores do que aquilo que vivemos.

Mas o melhor a pensar é que por mais que seja uma esquisitice imaginar que a nossa vida é acompanhada por outra pessoa, como eu fiz quando criança, é ver que isso pode ser uma verdade. Se pararmos bem para pensar existe sim alguém que acompanha a nossa vida e seus melhores e piores momentos. Deus olha para nós todos os dias e conhece o nosso levantar e deitar. Além disso, nos conhece intimamente. Nada do que fazemos passa despercebido por Ele. Mas o olhar de Deus não é como o daquelas câmeras dessa era de reality shows que invadem a privacidade, pois Ele nos olha por dentro e nos julga com retidão.

Além de Deus estar a nos olhar, as outras pessoas também nos olham mesmo que não seja tão profundamente como o próprio Deus. E Elas esperam de nós alguma coisa: “ A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Romanos 8:19). É como fala uma música do Delirious (para quem não conhece eu recomendo) que se chama All this time, e que traduzida quer dizer em uma de suas partes: minha vida é um show na tv de Deus e o mundo em audiência me olhando.

Nunca nos esqueçamos então que Deus nos acompanha todos os dias da nossa vida, porque foi assim que Ele nos prometeu. Que seja esse o nosso conforto aqui na Terra: que existe um Deus que sabe daquilo que está em nosso coração sem sequer precisar que falemos, e que nos olha com amor e compaixão.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Marcar a História



Nossos dias são tão tumultuados que às vezes esquecemos-nos de nos perguntar qual é o verdadeiro sentido de tudo o que fazemos e vivemos. Qual é o nosso papel aqui na Terra? É só correr atrás dos nossos sonhos, objetivos e satisfazer nossos desejos pessoais? E quanto às outras pessoas, também não devemos ajudá-las em seus sonhos? Tudo um dia vai acabar, e o quê de importante teremos feito durante toda nossa vida?

Nascer, crescer, reproduzir e morrer. Observando os seres vivos, isso é o que de fato sempre ocorre ao decorrer da vida. Mas nós seres humanos somos diferentes, somos capazes de transformar nosso espaço de tal forma que nenhum outro ser vivo consegue. Isso porque somos racionais e mais do que isso também temos emoções. Por mais que o nosso fim carnal seja o mesmo dos demais seres vivos, a nossa essência não é. Somos tão diferenciados e somos a coroa de toda criação, e por isso temos responsabilidades.

A imortalidade é algo que o homem não pode alcançar, mas a memória daqueles que persistiram em seus ideais de vida pode continuar viva sempre. Devemos viver de tal forma a ponto de marcarmos a história da vida das outras pessoas e não somente ter nosso corpo decomposto na morte como se nunca tivéssemos existido. Devemos vir ao mundo já com a consciência de que precisamos ser agentes de transformação em todo tempo onde estivermos.

A persistência mesmo em um mundo controverso talvez seja o primordial para nunca sermos esquecidos. A maneira como vemos a beleza da vida, seja na forma de uma poesia, de uma música, ou nos olhos de uma pessoa que amamos, nos ajuda na nossa peregrinação. Se vermos só tristezas e decepções, nunca poderemos levantar nossos olhos, nunca poderemos recomeçar,e , portanto nunca poderemos marcar a história.

Aqueles que tiveram propósitos, persistiram e venceram, são os que são lembrados depois de partirem. E se são lembrados, servem como exemplo aos que virão. Não falo de marcar a história somente para que apareçamos em nossos livros que estudamos, mas sim de marcar a história de todos aqueles que passam por nossas vidas. Viver não é somente respirar, mas sim saber interpretar o que a vida nos diz.

Marcar a história é não viver somente para si e fazer de cada passo e caída uma vitória que reflita na vida das outras pessoas em nossa volta.


domingo, 6 de janeiro de 2008

E ela nem viu os foguetes


Era uma noite diferente, pois era a última do ano. Nesse momento a mente trabalha sempre do mesmo jeito, relembrando de todos os últimos dias de todos os anos vividos e imaginando como será o do próximo ano. Por isso, nunca vivemos o dia 31 de dezembro no tempo presente e esquecemo-nos que ele é também um dia útil e que nele podemos fazer aquilo que teimamos em deixar para o dia de amanhã só porque este pertence a um novo ano. Poderíamos viver o dia 31 de dezembro como o dia 24 de março ou o 13 de setembro, por exemplo. Poderíamos viver o dia 31 de dezembro como um dia normal, mas esse dia sempre vai ser marcado por despedidas e boas-vindas, pois marca uma transição, uma virada, e acaba se consagrando então como um dia de mais reflexão do que de ação.

Ela entrou nesse jogo e naquela noite foi se despedindo do velho ano e de uma época que se encerrara com o seu término. Tudo o que ela tinha vivido no velho ano não mais voltaria. Essa é a lei da vida: vivemos o que vivemos só uma vez. Só existe uma maneira de reviver, e isto acontece quando guardamos certos momentos e os relembramos quando queremos. Por isso, existem momentos que se eternizam porque simplesmente só os vivemos para podermos lembrar depois. Cabe a nós mesmos escolhermos se queremos viver um momento mais de uma vez ou não. Esse é o fantástico da lei da vida.

Fez ela a sua escolha. Mas agora ela imaginava como seria o novo ano. Sonhos, projetos e porque não? Tantas pessoas desistiram de planejar nesse momento ou por medo de se decepcionarem ou por medo de não terem forças o suficiente para irem atrás dos sonhos. Mesmo correndo o risco de se decepcionar ela preferiu olhar para o novo ano com olhos de esperança.

Assim, naquela noite havia paz em seu coração porque mais uma vez se lembrara que um ano novo é sempre uma nova chance que Deus nos dá de sonharmos e concertamos aquilo que erramos. Nesse momento ela pôde crer enfim que Deus sempre faz tudo novo e por isso felizmente não estamos enfadados a viver na mesmice se quisermos. Quando estamos dispostos a recomeçar Deus sempre nos dá uma nova folha em branco para que nossa história continue sendo escrita de uma forma diferente. E foi nisso que ela pensou.

Quando menos viu já tinha chegado a meia-noite. A família estava desfrutando da reunião tradicional quando os muitos abraços começaram. Os votos de felicidades eram todos sinceros. Enquanto isso, ela ouvia os foguetes e quando teve a oportunidade de ir até o lado de fora, só pôde ver alguns atrasados e de longe iluminando o céu escuro. E ela nem viu os foguetes da meia-noite. Esta era a sua tradição que se quebrara naquele momento sem ela mesma perceber. Estava começando um novo ano, estava começando um novo tempo.

PS: Desejo a todos um feliz 2008!! Que este próximo ano seja diferente em nossas vidas, e que essa diferença sejamos nós a fazer.